terça-feira, 28 de maio de 2013

Lixo é ameaça sem solução ao mangue de Santos

A cidade que tem o maior porto da América Latina, a sede do pré-sal e vive um boom imobiliário de luxo, abriga também o que já foi chamado do maior complexo de favelas sobre palafitas do Brasil. Além do drama da habitação irregular, em Santos, litoral paulista, as invasões no mangue trazem outro problema: o descarte do lixo e do esgoto na água, uma degradação histórica do berçário marinho sem solução a curto prazo. Pelo menos 8 mil pessoas vivem em casebres construídos no mangue de Santos. Levando em conta que cada pessoa no Sudeste produz 1,293 kg de resíduo por dia, no limite são despejadas 10,3 toneladas diárias nas águas do manguezal - Valor Econômico, 28/5, Especial, p.A14.

Volume de lixo cresce em proporção maior que a população brasileira

Em 2012, 24 milhões de toneladas foram descartadas inadequadamente
Geração de lixo por pessoa aumentou de 955g por dia para 1,223 kg.


Boa parte do lixo produzido no Brasil termina em lugares inadequados. É o que revela uma pesquisa divulgada, com exclusividade, pela coluna Sustentável.
Na última década, 40 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Essa nova classe média passou a consumir mais, e quem consome mais gera mais lixo.
Nos últimos dez anos, a população do Brasil aumentou 9,65%. No mesmo período, o volume de lixo cresceu mais do que o dobro disso, 21%. É mais consumo, gerando mais lixo, que nem sempre vai para o lugar certo. 
Segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais),  apenas no ano passado, foram descartados 24 milhões de toneladas de resíduos em lugares inadequados. Isso seria suficiente para encher 168 estádios de futebol do tamanho do Maracanã.
O Nordeste é a região que tem o maior volume de resíduos descartados em lugares impróprios.
No lixão de Itabuna, no sul da Bahia, por exemplo, diariamente, toneladas de lixo são despejadas sem nenhum tratamento.
“Nós temos no Brasil hoje, ainda, mais de 3 mil municípios que fazem uso dessas formas de destinação inadequadas. É muita coisa ainda para ser arrumada no país”, diz Carlos Silva Filho, diretor-executivo da Abrelpe.
Em dez anos, de 2003 a 2012, a geração de lixo por pessoa aumentou de 955g por dia para 1,223 kg. Foi o que aconteceu na casa de Jeferson e Denise, no subúrbio do Rio de Janeiro. O aumento da renda mudou também o lixo.   “Embalagem de iogurte, embalagem de leite, enlatado, leite em caixa. Nós dois trabalhamos fora, e, no final de semana. estamos sempre pedindo comida por telefone“, diz o empresário Jeferson Rodrigues.
Para José Gustavo Feres, economista do IPEA, é um retrato do que acontece em todo o país. “As pessoas com mais renda consomem mais eletroeletrônicos, consomem mais embalagens plásticas, e este tipo de resíduo tem impacto ambiental maior até do que os resíduos orgânicos”, afirma.
Até 2014, a Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que os lixões devem ser erradicados e substituídos por aterros sanitários.  A diretora do Ministério do Meio Ambiente diz que esse prazo será mantido.
“O governo têm colocado recursos por parte do Governo Federal e têm incentivado as prefeituras a se engajarem nessa ideia de fazer a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos”, afirma Zilda Veloso, diretora do Ministério do Meio Ambiente.
O coordenador da pesquisa da Abrelpe diz que o desafio é grande. “Nós tivemos um aumento na geração e não tivemos o correspondente na destinação, ou seja, o país evoluiu economicamente, mas não evoluiu ambientalmente”, diz Silva.

Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê acabar com lixões e implantar aterros sanitários até 2014

Desde que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi aprovada, em 2010, muito tem se falado na substituição dos lixões pelos aterros sanitários. Mas, o que muda para a população e o meio ambiente? A proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos é acabar até 2014 com os 2.906 lixões que ainda existem no país. E com a destinação adequada dos resíduos e a conscientização, o resultado será a redução da quantidade de resíduos e a maior reutilização dos materiais.

E qual a diferença entre lixão e aterro sanitário?

Lixão - Local em que o lixo é depositado sem qualquer tipo de tratamento. Isso significa que nada é planejado para receber os resíduos sem agredir o meio ambiente. O lixão é fonte de poluição: o chorume liberado pelo lixo e outras substâncias podem contaminar o solo e a água. Os resíduos a céu aberto favorecem a proliferação de ratos e insetos no local.
Aterros Sanitários - Local preparado para receber o lixo com impermeabilização do solo (impede o vazamento do chorume) e captação do gás metano (liberado pela decomposição da matéria orgânica e que pode ser transformado em energia). Longe dos insetos e com as substâncias contaminantes controladas, o lixo deixa de ser um problema para a população, principalmente de saúde das pessoas.

FONTE: (http://agenda21comperj.com.br/noticias/aterro-sanitario-e-lixao-qual-diferenca?utm_source=NewsletterMaio13&utm_medium=E-mail&utm_campaign=NNoticias2)

sábado, 18 de maio de 2013

Arquitetos alemães constroem pavilhão com papel reciclado


Dois arquitetos alemães, os irmãos Ben e Daniel Dratz, defendem que o papel reciclado pode ser um material utilizado na construção, porque os cubos são duráveis e resistentes à umidade. Para o provar, os Dratz constuiram um pavilhão feito com esses cubos de papel reciclado, a que chamaram de Paper House.
Para construir o pavilhão, os irmãos recolheram toneladas de papel nos supermercados. Isso permitiu-lhes fazer mais de 550 cubos de papel reciclado para construir um pavilhão sustentável em Essen, na Alemanha.
A obra demorou oito meses para ficar pronta. Durante os testes, os irmãos Dratz concluíram que é possível usar os cubos de papel reciclado para erguer estruturas até 100 metros de altura. Além disso, ao comprimir o material, a construção fica resistente à ação das chuvas, dos ventos e da umidade.
O objetivo dos arquitetos é transformar os cubos de papel reciclado num material de construção. No entanto, ainda têm muito trabalho pela frente. É preciso fazer vários estudos que comprovem a segurança e a viabilidade do material para a construção civil.
A Paper house venceu um concurso patrocinado pela Escola de Essen Zollverein de Administração e Desenho (ZSMD). Este prémio reconhece os projectos criativos desenvolvidos por jovens arquitectos alemães.
http://greensavers.sapo.pt

Remando lixo acima

Em meio à sujeira, o pescador de lixo busca garrafas PET e 
latas de alumínios.

Esta foto foi tirada no igarapé próximo ao bairro 
de Educandos, em Manaus. Durante o período 
de cheia, o lixo acumulado fica todo boiando
nos igarapés. Diante da cena, a ironia do nome 
"Educandos" não deveria passar despercebida... 
Foto: Vandré Fonseca

Comissão aprova mudança em rótulo de produtos com logística reversa

Medida estabelece que embalagens deverão informar sobre a obrigatoriedade de destinar o lixo decorrente daquele material para reaproveitamento e a importância ambiental de sua entrega em postos de coleta.



Leonardo Prado
Ricardo Izar
Ricardo Izar: proposta preenche uma lacuna da Lei de Resíduos Sólidos.
A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou, na quarta-feira (8), o Projeto de Lei 2433/11, do deputado Jhonatan de Jesus (PRB-RR), que obriga os fabricantes e importadores de produtos geradores de resíduos sólidos sujeitos ao sistema de logística reversa a colocarem nos rótulos ou embalagens informações sobre a obrigatoriedade e importância ambiental de sua entrega em postos de coleta.

O sistema de logística reversa é caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação.

O relator na comissão, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), defendeu a aprovação da proposta argumentando que ela “preenche uma lacuna” da Lei dos Resíduos Sólidos (12.305/10), regulamentada pelo Decreto 7404/10.

Segundo Izar, o projeto de lei permite “ao consumidor conhecer suas obrigações ambientais e colaborar efetivamente com a Política Nacional de Resíduos Sólidos”.

TramitaçãoA proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

terça-feira, 7 de maio de 2013

O ‘novo anúncio’ da Coca-Cola feito pelo Greenpeace



http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Q7Uxaw6YoRw

A Coca Cola está tentando barrar a implementação nacional, na Austrália, de um sistema de reciclagem. O Greenpeace fez uma homenagem.

Texto do vídeo: "Garrafas plásticas estão matando nossas aves marinhas,
A coca está lutando contra a legislação que vai ajudar a resolver o problema,
Precisamos dizer aos nossos políticos para defender a nossa fauna..."

domingo, 5 de maio de 2013

Brasil é o maior reciclador de latinhas do mundo


Nenhum país reciclou tanta lata de alumínio quanto o Brasil em 2011. O novo ranking, divulgado pela Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) e pela Abal (Associação Brasileira do Alumínio), mostra que o Brasil reciclou 98,3% das embalagens produzidas no ano, um recorde mundial.
Tal porcentagem significa que o país reaproveitou 248,7 mil toneladas de latas de alumínio de um total de 253,1 mil toneladas disponíveis no mercado em 2011. Para se ter uma ideia, os metros cúbicos de alumínio prensado equivalem a 30 edifícios de 10 andares!
Desde 2001, o Brasil lidera o ranking mundial de reciclagem de latinhas. O recorde anterior registrado no país era de 2009, quando 98,2% das embalagens foram reaproveitadas. Na lista atual, atrás do Brasil estão Alemanha (96%), Finlândia (95%), Noruega (92%) e Suécia (91%). Os Estados Unidos, maior produtor de latas de alumínio do mundo, aparece em 8º lugar, com 65,1% reciclados.
Em nota publicada no site oficial da Abralatas, o diretor executivo Renault Castro avaliou o sistema de reciclagem do Brasil: é estável, gera renda, emprego e serve de modelo para que outros materiais sejam reciclados na mesma quantidade que o alumínio.
Mas ainda há o que melhorar. Os números são satisfatórios, mas é preciso dar condições mais dignas a um setor importante na cadeia da reciclagem. “O que temos que fazer, no Brasil, é melhorar a qualidade de vida e de trabalho do catador de materiais recicláveis”, disse Renault.
Fonte: SWU

Lixo eletrônico pode gerar empregos e desenvolvimento sustentável no Brasil



Segundo o Banco Mundial, o lixo eletrônico (e-waste) pode criar empregos verdes no País. “O Brasil deve se concentrar na coleta e no processamento inicial do lixo eletrônico, incluindo a separação e a desmontagem (…); essas atividades geram um bom retorno sobre o investimento em termos de criação de empregos e impacto ambiental”, disse o Banco.
No entanto, o e-waste também produz danos ao meio ambiente e deve aumentar em razão da maior procura de eletrônicos até a Copa do Mundo de 2014 e pelas explorações de petróleo na camada do pré-sal.
“Esses equipamentos liberam resíduos tóxicos no ambiente, contaminando ar, água e solo”, explica a relatora do Banco Mundial, Vanda Scartezini. “Tais resíduos, como mercúrio e chumbo, também podem causar problemas de saúde em catadores e outras pessoas”.
As análises propostas fazem parte do relatório “Não joguemos a oportunidade fora – Evidências para um gerenciamento correto do lixo eletrônico brasileiro”, do qual Scartezini é uma das autoras. O documento analisa os riscos de impactos ambientais futuros e mostra o quanto o tema é, ao mesmo tempo, estratégico e delicado para a indústria nacional.
O estudo foi feito a pedido do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e lançado após que o Governo Federal aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Um acordo – atualmente em negociação – entre o Estado e a indústria de eletrônicos vai permitir a implementação da lei.
“Fica difícil definir um padrão único para a coleta e o processamento quando há tantos produtos gerando e-waste”, diz o Gerente de Responsabilidade Sócio-Ambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ademir Brescansin.
Apesar dessa e de outras dificuldades, o governo e as empresas estabeleceram um prazo até 2014 para chegar a um acordo, definir metas de reciclagem e começar definitivamente a agir.
Fonte: Onu Brasil

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Casa totalmente feita com garrafas plásticas


A primeira casa totalmente feita com garrafas plásticas está sendo atualmente construída na Nigéria. As garrafas são colocadas junto com lama e cimento, criando um material mais forte que o bloco de concreto. A casa é à prova de balas, de fogo, resistente a terremotos e ainda capaz de manter uma temperatura interior confortável de 17ºC o ano inteiro. Para se tornar ainda mais sustentável, a estrutura feita com garrafas plásticas ainda terá um sistema alimentado por energia solar, fazendo com que a energia se torne autônoma.



fonte: style.greenvana.com